quarta-feira, 2 de maio de 2007

O Boletim na Net!!! - IIIª Edição

Terça-feira, Setembro 05, 2006

Editorial
Novamente o Projecto Interagir lança o seu boletim informativo. Concluímos com esta edição o nosso terceiro número.Apesar de ser uma publicação trimestral, aproveitamos a existência deste boletim informativo para renovar os laços que mantemos com as populações onde intervimos, e com organismos públicos ou privados, não esquecendo o Centro Social de Soutelo, e todos aqueles que formam esta instituição com mais de trinta anos de existência.A abrir o Info, temos uma entrevista com o Sr. José Carlos Vieira, um exemplo de tenacidade e vida activa exemplar no “CSS”. Seguidamente poderão ler um artigo sobre Intervenção Sócio—Comunitária.Logo a seguir publicamos uma nova entrevista, desta feita, com Luís Pedro Mendes, um jovem utente do CATL. Teremos oportunidade de conhecer alguns aspectos curiosos do acampamento em Árvore (Vila do Conde) e o que significaram esses momentos de lazer. Depois apresentamos um artigo da autoria de Jorge Ascenção (Vogal da Direcção doCSS) sobre o Projecto Acreditar. Objectivo ambicioso que pretende tornar o CSS numa instituição preparada para os desafios do século XXI. No que diz respeito ao Projecto Interagir, temos importantes desenvolvimentos na medida 1.1 (Diagnóstico Social) com um artigo da autoria de Elsa Cardoso (Socióloga do Projecto) pretende alertar a comunidade e os utilizadores do CSS, que dentro em breve iremos trabalhar no terreno realizando um inquérito, com o objectivo de conhecer a realidade social de Soutelo.Por último apresentamos algumas fotografias na página final do boletim. São fotografias de algumas actividades que desenvolvemos nos últimos três meses com acções de animação sócio—cultural e formação através de Conferências e Workshops.Esperamos que esta terceiro edição seja do vosso agrado.Para finalizar, renovamos o nosso pedido de colaboração. Este Boletim precisa de si, colabore; seja interactivo.
A Equipa do Projecto Interagir

Bons exemplos de vida activa.
A próxima entrevista, com o Sr. José Carlos Vieira, é a demonstração de que a idade não significa um rol interminável de dificuldades, a tristeza de perder as faculdades vitais.Soubemos que tínhamos um campeão no Centro de Convívio do CSS, e aproveitamos este exemplo edificador para trocar algumas impressões, tendo como mote o Boccia, um desporto de bastante exigência e de equipa.

Info_ Soubemos que se classificou com mérito nos primeiros lugaresdo Campeonato Nacional de Boccia, que decorreu em Tomar. Em que lugar ficou; e o que significou para si essa “vitória”!?

José Carlos Vieira_ No Porto, ficamos entre os melhores classificados, que disputaram a final em Tomar. Jogamos por bota – fora. Eu quase que cheguei há final, mas fiquei pelos
quartos – de – final, entre os 8 melhores. Quando o Centro vai disputar o regional, fica sempre entre os melhores. O nosso Centro; o de Campanha; os reformados da Câmara Municipal do Porto; S. João da Madeira.Em Tomar tive 7 vitórias e uma derrota. Tive vitórias de 5 – 0; 7 – 3 e uma tangente por 5 – 4. Quanto à última derrota, esta deveu-se a um empate, eu lancei uma bola para fazer um ponto, ao lançar a bola tocou noutra bola minha. Perdendo assim por 3 – 2.No caso dos apuramentos consegui classificar-me com 4 vitórias, e uma derrota, para ficar nos 30 melhores.

Info_ Há quanto tempo pratica este jogo?

JCV_ Há 3 anos!

Info_ Quando surgiu o Boccia no Centro Social de Soutelo?

JCV_ Surgiu em 2003, por intermédio de um Professor de nome Sérgio; que introduziu a actividade. Criou-se um colectivo de 6. E desses 6 ficamos 3, os melhores para disputar com outros Centros. Somos constituídos pelo Manuel Rodrigues, a Senhora Idalina e por mim. Nesse ano fomos disputar o Campeonato de parciais de 3, e ficamos em 2º lugar.

Info_ Para além de jogar Boccia, é uma pessoa participativa no Centro Social de Soutelo, dentro de diversas actividades, quais?

JCV_ Nós aqui, ao nível das actividades, temos a Ginástica, com que fomos disputar um
Torneio – Convívio no Pavilhão de Fânzeres, onde participaram Centros Sociais, Associações de Reformados; no total de 15. A actividade foi organizada pela Câmara Municipal de Gondomar. Além da ginástica, temos actividades como o Jogo da Malha; Dança; Passeios Temáticos e actividades de trabalhos manuais.

Info_ O Boccia conseguiu captar com facilidade os utentes do Centro de Convívio?

JCV_ O Boccia, não foi para toda a gente. Aqui quase todos gostam de jogar. No início o Professor Sérgio, insistiu muito. Neste momento estamos no defeso, estamos parados até vir um novo professor.

Info_ O Centro Social de Soutelo, participa regularmente em competições e jogos de Boccia?

JCV_ Desde o momento, em que nos inscrevemos! Por trás disso encontra-se um professor que organiza os torneios. Mais tarde ou mais cedo irá aqui haver um Torneio com outros Centros de Convívio. Temos a intensão de trazer cá o Centro de Convívio de Rio Tinto, onde se está implementar o Boccia.

Info_ Para além do Boccia, acha que o Centro de Convívio do CSS, realiza actividades importantes para manter uma vida activa e saudável.

JCV_ Gosto disto. Estas actividades são boas para distrair a cabeça. Estou satisfeito O Centro de Convívio tem pouco tempo, e as actividades surgiram há 3 anos. Estou convencido de levar isto para a frente – em relação ao Boccia. Eu até me ofereci apara treinar Boccia, a um curso de formação para desempregados, no entanto estou há espera da resposta deles!

Info_ Encontra-se satisfeito e realizado com esta ocupação desportiva?

JCV_ Eu sinto! Não só eu, como os meus colegas

Pensamentos com a Intervenção Sócio – Comunitária
O Projecto Interagir encontra-se a meio da sua caminhada. Os objectivos das várias iniciativas vão sendo concretizados. Pensamos em manter neste segundo tempo as nossas actividades mais significantes.Ao longo dos meses de intervenção, identificamos um novo desafio: necessitamos que o público-alvo conheça o projecto, e que participe nas actividades, mas também necessitamos de conhecer a população. É importante, pois temos que intervir com naturalidade com o público-alvo.Em primeiro plano encontram-se a motivações ou anseios do “beneficiado”. Tendo em linha de conta esse facto, iremos realizar brevemente uma acção que questiona o nosso público-alvo nos conjuntos habitacionais.Segundo as suas respostas, e preocupações; fruto de uma visão autónoma que sente as verdadeiras necessidades em áreas com a formação Formativas, apoio social, educação e cidadania, ambiente, boas práticas, apoio pessoal e psicossocial. Já antevemos que são sobretudo os grandes problemas estruturais do nosso país.Através do inquérito que iremos realizar vamos perguntar primeiramente ás populações, o que é que desejam que o projecto realize no âmbito sócio – comunitário. No final, munidos das respostas e consequentemente de ideias, vamos combater as assimetrias, em busca da justiça social.Queremos renovar o brilho à palavra latina “socius”, que em latim significa “igual”. A intervenção sócio – comunitária é desta maneira uma janela de oportunidades para alcançar a igualdade e a justiça social.
Paulo Seara— Colaborador e Animador e Produtor Artístico

Experiências de vida no acampamento da colónia de férias de Árvore
O Projecto Interagir entrevistou Luís Pedro Mendes, um jovem que frequenta o CATL.
Das palavras que se entrecruzaram procuramos conhecer opiniões e experiências de vida; principalmente de quem as viveu.Longe do espaço nuclear do lar e da escola, os jovens encontraram em Árvore (Município de Vila do Conde), um local onde impera a autonomia aliada ao lazer. Esta prática possibilitou –lhes atingir novas experiências de vida, ideias para o futuro.

Info_ Foi o primeiro acampamento que realizas-te em Árvore?

Luís Pedro Mendes_ Em árvore foi, mas no ano passado fui a Amarante.

Info_ Que actividades se realizaram durante a colónia de férias?

LPM_ Mímica, peddy paper, torneio de futebol, karaoke e pic nic com os pais. Gostei mais de jogar no torneio de futebol, pois fomos à final, éramos o grupo dos veterinários.

Info_ Porque é que vocês se encontravam divididos por grupos e cores?

LPM_ Na minha opinião, serviu para haver mais organização, pois eram muitas pessoas; muita organização.

Info_ Sentes que esta experiência te enriquecerá pessoalmente em futuras iniciativas caso tenhas de fazer parte da organização?

LPM_ Acho que sim, porque no acampamento convivi com pessoas mais velhas que eu!

Info_ Achas que os adultos vos dão autonomia durante o acampamento?

LPM_ Alguma, no meu caso, na hora de ir para as tendas, às 23:30, podia ir para o grupo dos mais velhos. (monitores)

Info_ Durante os dias do acampamento aconteceu alguma história de vida que nos possas contar.

LPM_ O acontecimento que mais me tocou, foi após o karoke, foi uma homenagem ao Tiago e á Sara que vão viver para França.

Acreditar—Por Jorge Ascensão
AcreditarEnfrentamos novos desafios com metas mais ambiciosas. Queremos proporcionar aos nossos clientes (crianças, e velhos) e aos nossos associados um serviço eficiente. Propomo-nos trabalhar em prol da “nossa” comunidade local e servir as famílias encontrando soluções que lhes permitam uma melhor qualidade de vida. Temos consciência das ameaças, por isso não enjeitamos as oportunidades. Acreditamos que o ACREDITAR constitui uma oportunidade para trilharmos caminhos facilitadores da nossa missão. O projecto ACREDITAR, numa parceria com a Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN), com a Universidade Católica do Porto (UCP) e com as instituições de solidariedade Social seleccionadas, entre as quais o Centro Social de Soutelo, pretende definir linhas orientadoras para a qualificação do exercício da actividade económica no terceiro sector (também designado por Economia Social, Sector da Sociedade Civil ou Organizações Sem Fins Lucrativos). As instituições que exercem esta actividade necessitam, tal qual as empresas que actuam noutros sectores de actividade económica, de se capacitar e qualificar no sentido de um serviço de qualidade. Não se pode continuar a pensar que o financiamento virá sempre de alguma lado (normalmente e na maior parte do Estado) e que por essa razão não se justificam as mesmas preocupações que numa qualquer empresa que concorre no mercado. Os recursos não são inesgotáveis, pelo que para se ser sustentável é necessário gerir com eficiência. O facto é que também neste sector, para além de ser nosso dever procurar sempre prestar um serviço de melhor qualidade, a concorrência também se faz sentir e cada vez mais. Os que mais se debruçam sobre a problemática da Economia Social dizem mesmo que só as instituições mais bem preparadas terão capacidade de prevalecer. Como em tudo o que fazemos só os melhores vencerão.Também por esta razão não hesitamos em estabelecer protocolo com as entidades promotoras do projecto. Cumpre-nos trabalhar em conjunto para alcançar este objectivo de melhor, e sempre melhor, serviço às famílias da comunidade local.O projecto ACREDITAR não é algo, findo o qual tudo fica bem e terminado, é antes o inicio de uma caminhada. Só valerá a pena iniciar esta caminhada se todos, os que de alguma forma têm uma relação de interesse com a instituição, estivermos capazes e com vontade de percorrer o caminho. Este caminho não termina porque quando a meta é sermos melhores, então podemos sempre fazer diferente. Interessa é não correr por correr ou cansar por cansar, o importante é que a cada passo nos sintamos mais fortes e com vontade de dar o passo seguinte.O projecto pretende ajudar a encontrar direcções que nos facilitem os caminhos a que nos propomos percorrer para alcançar o nosso objectivo e a nossa missão. Acreditamos na nossa capacidade. Acreditamos que é sempre possível fazer melhor. Acreditamos nas múltiplas vantagens para todos, crianças, jovens e velhos, famílias, trabalhadores e outros colaboradores, voluntários, dirigentes e associados.O feedback, positivo, do nosso trabalho enquanto instituição de solidariedade social e de serviço à comunidade, poderia levar-nos a pensar que não é preciso tentarmos novas perspectivas e novos horizontes. Mas temos a convicção de que as oportunidades nascem dos desafios. A vida faz-se de movimento e de dinamismo por isso acreditamos que não podemos “adormecer” e muito menos parar. As ameaças surgem quando menos se espera. Mesmo precavidos enfrentaremos dificuldades mas acreditamos que saberemos vencê-las.Estamos no projecto acreditar porque queremos fazer melhor o que nos exige planear, analisar, avaliar e tomar medidas correctivas.Acreditamos num serviço de qualidade com organização e normalização.Acreditamos na iniciativa e na inovação.Acreditamos na informação de qualidade, transparente e útil.Acreditamos no método e na metodologia.Por isso estamos com o ACREDITAR, porque estamos convictos que este projecto nos pode ajudar a iniciar mais uma etapa na vida do CSS, partilhando aprendizagens e experiências vividas com outras instituições do género.
Porque as metas nós procuramos…
Porque o caminho nós encontramos…
Porque os desafios nós enfrentamos …
E porque o sonho nós realizamos.
Contamos com todos, sobretudo contamos CONTIGO … porque só com todos podemos ACREDITAR.
Jorge Ascenção(Vogal da Direcção CSS)

ESTUDO DE DIAGNÓSTICO “Conhecer para Interagir Melhor”
“INTERAGIR” aprofunda o conhecimento da realidade organizacional e social na freguesia de Rio Tinto através de um estudo de diagnóstico promovido pelo Centro Social de Soutelo e apoiado pelo Programa Operacional de Emprego Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS)
O projecto “Interagir”, na passada sexta-feira, dia 28 de Julho, lançou mais uma iniciativa junto das entidades públicas e privadas de Rio Tinto, enviando um questionário por correio a 170 associações e empresas sediadas na freguesia, no âmbito do estudo de diagnóstico em curso, de natureza exploratória, subordinado ao tema “Conhecer para Interagir Melhor”.Um dos objectivos centrais do estudo consiste em conhecer a realidade organizacional e as principias dificuldades e/ou necessidades que as entidades públicas e privadas enfrentam na comunidade em que se inserem. Assente numa metodologia quantitativa, o inquérito por questionário revelou-se a técnica mais adequada na obtenção dos objectivos definidos no estudo, pela sua performance em objectivar informação e pela sua capacidade de captar os aspectos contabilizáveis dos fenómenos.Esta iniciativa pretende ainda conhecer a forma de participação das entidades através do preenchimento e (re)envio dos questionários. Neste sentido, solicitamos a colaboração de todos os representantes das entidades no estudo, esperando que este no final seja um útil instrumento de informação.
Socióloga do ProjectoElsa Cardoso
posted by Projecto interagir - CSS @ Terça-feira, Setembro 05, 2006

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